sábado

UM DIA... vou ter de ir.

                                                     
(foto de minha autoria )



Há vontades que nascem de novo, sonhos que crescem como se fossem árvores... mas não à formulas secretas para evitar que um dia eu tome o rumo que tomam os anjos… Que viaje para lá da madrugada de cristal, onde nascem as lágrimas que os nossos beijos quebraram.

Por isso peço que chovam dias a fio para que as mágoas que restam dessa certeza vincada na  minha alma se lave e as forças da natureza verguem todos os caminhos que trazem ingenuidade dobrada nas malhas de encruzilhadas de destinos que não quis para mim.

O que quero para mim são esses olhos, olhar para ti, por ti, através de ti... e no dia em que o vento do Oeste pegar na minha dor e o sol entrar pela minha alma como o faz por uma janela escancarada, eu seguirei o teu olhar… leve, pausado, seguro; o mesmo que um dia me mostrou  com a  cor da noite  a existência de votos tão sagrados que só poderiam ser quebrados  na libertação das amarras da satisfação ardente de corpos insatisfeitos com o tempo que lhe foi permitido amar.

Na incapacidade das palavras deixámos de ser heróis das promessas que nos fazemos........ porque se os fossemos, talvez não sentíssemos o frio da noite quando depois de saciados,  reacendemos tudo o que já foi feito,  reescrevendo com o suor da paixão  mais promessas que por certo iremos quebrar, porque não somos heróis nem santos que deixam voar os sentimentos como testemunho de que é possível inventar um caminho até ás estrelas onde os nossos dez sentidos ficam totalmente acordados.